quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SAIA ENQUANTO HÁ TEMPO!


Soube de um grupo de amigos que saiu para pescar.
A euforia era geral pois a pesca havia sido liberada recentemente e as notícias diziam que havia muito peixe naquele ano.
O clima estava favorável. Sabe aquele clima que se divide durante o dia? Sol pela manhã, nuvens à tarde, brisa no começo da noite; o que não se esperava era a chuva torrencial que viria lá pelas 8 e meia da noite.
O vento e as grossas nuvens denunciavam o temporal, mas como estava dando muito peixe, resolveram ficar mais um pouquinho. Começou a chover. Os quatro amigos agora precisavam decidir: ficar e correr o risco, ou sair o mais rápido possível?
Quando poderiam voltar ali? - se questionavam. Será que dará peixe como agora?
-Temos que ir agora! - bradou o motorista da velha picape. -Tem que ser agora! - enfatizou, enquanto o vento lhe arrancava o chapéu da cabeça. -Já vamos! - respondeu o mais afoito, -Deixa eu pegar só mais esse!
-Vamos sair daqui agora! - anunciou o outro.
Assim, como três deles já estavam com a "tralha" arrumada, jogaram tudo na carroceria da picape.
O mais velho dizia: -Vamos logo! Temos que atravessar a ponte antes que a chuva engrosse!...
Enquanto isso, o "despreocupado" pescador de fim-de-semana insistia em ficar: -Agora é que vai dar peixe, pessoal! Se quiserem, podem ir! Alcanço vocês depois da ponte!
Mesmo diante da insistência dos amigos, ele teimava em ficar. Como eles decidiram ir mesmo sem o amigo para garantir que cruzariam o rio, partiram. Logo o teimoso viu a picape resvalando de um lado para outro indo em direção à ponte. Foi quando precisou se abrigar junto ao tronco de uma velha "gurucaia" pois as gotas de chuva faziam arder o seu rosto. -Isso vai passar! - dizia ele consigo mesmo. -Eles vão se arrepender de terem ido.
Passada a tempestade, tudo muito escuro à sua volta, veio o arrependimento. Agora fazia frio, ele estava todo molhado, precisava de abrigo e estava só. Teria que caminhar um bom pedaço pra chegar até a ponte onde seus amigos lhe aguardavam. Mas não enxergava nada...
-De que valeu eu ficar sozinho?! - murmurava ele. - Se eu tivesse ido, poderiamos estar em casa.
Após uma boa jornada pisando na lama, saltando galhos, e quase tateando, ele chegou até onde antes havia uma ponte. A ponte havia cedido à pressão das águas que desciam violentamente das montanhas. -E agora? - pensou ele. - Como vou sair daqui?
Foi quando ouviu a voz dos companheiros. Imediatamente gritou avisando que estava ali. Eles responderam e a alegria do reencontro foi contagiosa, porém nada podiam fazer no momento, a não ser aguardar que o dia amanhecesse para poderem auxiliá-lo na travessia.
Felizmente, o novo dia chegou ensolarado, num típico dia de final de verão, e o "teimoso" foi resgatado.
O que aprendemos nessa história? Muitas lições, mas a principal delas pra mim é: "Saia enquanto há tempo!" Nas palavras do Apóstolo Paulo: "Fujam da aparência do mal!". Assim poderemos evitar muitos transtornos.
Se você está pressentindo o perigo, por que insistir?
Você poderá perder seus amigos, sua família, seus bens, sua própria vida, tudo por causa da teimosia.
Saia enquanto há tempo!!

Tenham uma ótima semana!

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